Indicadores favorecem o varejo em 2020


Fátima Fernandes em Varejo em Dia


A expectativa de redução da taxa real de juros, expansão do volume de crédito ao consumidor e de queda da taxa de desemprego resulta em um cenário mais positivo para o varejo em 2020.
Para a equipe da MacroSector Consultores, o volume de vendas do varejo deve subir 1,4% neste ano e 2,3% em 2020.
Em setembro de 2019, o volume de vendas do comércio varejista aumentou 1,2% sobre agosto, na série com ajuste sazonal, de acordo com o IBGE.
Para Fabio Silveira, sócio-diretor da MacroSector, “trata-se de um resultado satisfatório”, já que, no mesmo mês, houve avanço de 2,1% em relação a setembro de 2018, na série sem ajuste sazonal.
Nos últimos 12 meses, as vendas do setor subiram 1,5%, o que significa um desempenho pior do que o ocorrido em igual período terminado em setembro de 2018, quando o varejo cresceu 2,8%.
As perspectivas para o setor são positivas também, diz ele, porque é esperada uma redução da taxa de inadimplência do consumidor, que já está diminuindo.
“Neste momento, os juros reais estão negativos, o que favorece o consumo ao longo dos próximos meses”, diz Silveira.
A elevação de 1,2% das vendas em setembro foi liderada pelos seguintes segmentos: móveis e eletrodomésticos  (+ 6,6%), tecidos, vestuário e calçados (+ 4,0%), outros artigos de uso pessoal e doméstico” (+ 2,7%), combustíveis e lubrificantes” (+ 1,2%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos” (+ 0,6) e livros, jornais, revistas e papelarias” (+ 0,6%).
O setor de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação registrou queda de 2% e o de hipermercados e supermercados ficou praticamente estável (+ 0,1%).
As vendas do varejo ampliado, que incluem também o segmento de veículos, motos, partes e peças e material de construção, aumentaram 0,9% em comparação com agosto, na série com ajuste sazonal.
Na comparação com setembro de 2018, este indicador subiu 4,3% e, nos últimos 12 meses, 3,8%, de acordo com o IBGE.