Rumo (RAIL3): ritmo forte das exportações de grãos deve alavancar receitas em 2018

Por: Catarina Pedrosa (*),
(*) Analista responsável pelo relatório.


 
O USDA divulgou a atualização mensal das projeções agrícolas para o mundo. Para milho, o USDA aumentou a expectativa de produção da safra 17/18 em 6,2 mn de ton, mas diminuiu os estoques finais em 1,5 mn de ton. Para o Brasil, o USDA manteve a projeção tanto de produção como de estoque final. A produção deve ser de 95 mn de ton, com diminuição de 3,5 mn de ton em relação a safra 16/17. As exportações devem chegar a 34 mn de ton, de acordo com o USDA, uma queda de 2 mn de ton em relação a safra 16/17. Para a soja, o USDA revisou a produção mundial para baixo em 0,56 mn de ton e os estoques finais foram reduzidos em 1,48 mn de ton. A expectativa do USDA para a produção brasileira foi mantida em 107 mn de ton na safra 17/18, uma redução de 7,1 mn de ton em relação a safra 16/17. A projeção de exportação de soja pelo Brasil na safra17/18 foi mantida em 64 mn de ton, um aumento de 0,86 mn de ton em relação a safra 16/17.


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O principal transportador de grãos no Brasil é a Rumo, em especial os grãos plantados na região centro-oeste do país, via a ferrovia que liga Rondonópolis ao porto de Santos. Grãos representam aproximadamente 66% da receita de transporte da empresa. A expectativa de que a exportação de grãos em 2018 deva ser próximo ao total exportado em 2017 resulta em mais um ano de faturamento forte para a empresa. Adicionado a esse fato, a melhora da economia deve levar a um aumento de faturamento da empresa em seus outros segmentos de atuação como industriais, que representam 4% do faturamento e combustível que responde por 11% da receita.
A Rumo acabou de aumentar seu capital em R$2,64 bilhões com a emissão de 220 milhões de ações ordinárias a R$12,0/ação.  Este valor deve ser utilizado para redução de endividamento, principal motivo para os últimos prejuízos apresentados pela empresa. O consenso de mercado mantém a recomendação de Compra para a RAIL3, com preço alvo de R$14,00/ação. O mercado estima que a receita da empresa terá um crescimento de 13,6% em 2018 com relação ao ano anterior. As projeções, de acordo com o Bloomberg, são para um crescimento de 17% do EBITDA em 2018 e de 196% do lucro líquido, em função da redução do endividamento da empresa.


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